Algo morreu.
A sede da vitoria já não mais perturba o sono.
Esqueci como me dizer o quão maior e melhor sou do que outros demais.
Objetivos e anseios não existem, se é que algum dia existiram.
A fome de tudo cessou.
Nada brilha nos olhos.
Dores de perda indeferem.
Êxtases de triunfo não completam, não satisfazem.
O tempo dos dias é engolido a seco.
Lagrimas escassearam e embriagam, e me banham em águas estáticas, salgadas, cinzas e turvas.
O que percorria veias e fazia membros erguerem-se sumiu.
O grito rouco e desesperado da alma perdida no profundo escuro da carne é tão fraco que não se faz escutar.
Não recordo se o fim está por vir ou se já passou.
Sou inerte reflexo vitrificado em admirável descoberta da não significância, vislumbrando prova de existência impotente.
De inicio inacabado e fim permanente.