sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Valhalla

Estou dançando na terra...
Estou dançando junto a irmãos de sangue e de alma...
Estou dançando junto a fogueira cercado de iguais em grandeza a exaltar-me por não mais precisar fazê-lo...
Tenho certezas agora... Eu sei e todos sabem...
Não mais me apego ao concreto e agora desfruto do nada que realmente somos...
Tragado pela euforia do apocalipse que já passou...
Sinto o infinito que me consome e me acalma...
Sinto a beleza da imperfeição dos dedos que apertam minha mão...
Os tambores soam em meus ouvidos tão belos quanto à perfeição...

Não há medo... O que deveríamos temer?
Não há ódio... Inexiste é o que precisa ser odiado.
Não há amor... Apesar de amá-los.
Não há tristezas... nem alegrias... Só existe paz... E liberdade enfim...

Sou Deus... Todos somos...


Por um estante...


... Sinto cheiro de vômito misturado com suor...
Meus olhos latejam como se mil farpas estivessem fincadas neles...
Minhas pernas parecem que nunca mais conseguirão erguer meu fraco corpo...
Finalmente levanto-me da vala em que estava a delirar durante dias...

... Dias esses que foram os melhores de toda minha vida!

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